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Casas sobre pilotis, que trabalham com o sonho da casa na árvore, e que trazem a linguagem das casas palafitas do Norte do Brasil

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Pedras: Um jogo de equilíbrio, que desenvolve a autoconfiança e leva a criança ao princípio básico da brincadeira

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Horizonte: A partir do skyline de São Paulo, redesenhamos um objeto de escalada, trazendo a ele formas orgânicas e arredondadas

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O labirinto é feito de placas de madeira modulares, com uma estrutura de encaixe fácil, que possibilita a criação de diversas formas

lang="pt-BR">Erê Lab: um projeto de playground para pequenos cidadãos
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Erê Lab: um playground para pequenos cidadãos

A partir dos quatro pilares: criança, cidadania, sustentabilidade e brasilidade, o arquiteto e artista plástico Roni Hirsch criou o Erê Lab. O projeto de mobiliário urbano para crianças, com estética brasileira e que usa materiais, soluções e conteúdos nacionais.

Entre os brinquedos estão a Casa Palafita, uma alusão ao sonho da casa d`árvore e às casas de palafita do norte do Brasil; o Skyline, um brinquedo de escalada e o Labirinto, placas de madeira modulares com estrutura de encaixe fácil que permitem criar torres e túneis. Conheça os detalhes na galeria no fim da matéria.

Os brinquedos desenhados pelo projeto Erê Lab durante o Slow Kids

A história do Erê Lab

A palava Erê vem do yorubá, iré, que significa “brincadeira, divertimento”. Daí a expressão siré, que significa “fazer brincadeiras”. ERÊ é o intermediário, a mediação entre a pessoa e o seu Orixá, é o aflorar da criança que cada um guarda dentro de si. Artista plástico de formação Roni Hirsch sempre tentou usar a função social do arte em seu trabalho. Depois de passar pelas áreas de publicidade, cenografia  e movelaria, hoje se dedica ao trabalho social. Ele mantém a RE-SET, uma linha de móveis e objetos fabricados a partir das sobras de produções cenográficas desenhadas por ele. “Para mim, a transformação também acontece no meu quintal, eu consigo mudar o mundo da minha casa”, justifica.

Daí para projetos voltados para o público infantil foi um pulo.  Roni sempre teve forte ligação com  o universo da infância,  não só por gostar de crianças, mas também pelo caráter lúdico que via na produção do teatro e da publicidade. Além disso, sua esposa é arte educadora e desenhista . “Antes mesmo de termos filhos, já tínhamos uma mesinha infantil em casa para os filhos dos amigos”.

Esse olhar para a infância se intensificou depois das manifestações de junho de 2013. Roni refletia sobre a formação da cidadania nas crianças e escreveu um texto, o “Manifesto da criança do Século XXI” .”A construção da cidadania só acontece quando o há o uso da cidade, e os cidadãos do futuro são as crianças.”

A partir dessa reflexão e em contraponto com a cultura do medo que vivemos hoje, antes de mesmo da formatação física, Hirsch começou a pesquisa e estudar o que seria o conceito do Erê Lab.

Espaços para serem ocupados

A intenção do projeto é de ser um mobiliário urbano lúdico com acesso gratuito e espontâneo. Ele afirma: “Não queremos  vender para condomínios fechados, queremos estar na rua. Eu acho que a população está um pouco cansada destes materiais permanentes.  Salvo alguns nomes da arquitetura nacional, não temos um projeto de mobiliário urbano brasileiro. A ideia é trazer conteúdo junto com os espaços.”

Para os próximos passos do projeto, a intenção é de que o Erê esteja em espaços públicos. “Mas isso exige investimentos em escala urbana”, problematiza o criador. Uma saída é que sejam feitas parcerias em que a Prefeitura  libere o espaços e associações de moradores ou empresas patrocinem o parquinho.

Por enquanto, o espírito do Erê Lab está pela cidade de São Paulo por meio de ações em eventos, happenings e workshops. Em áreas externas ou internas.  Enquanto não temos Erê espalhados por aí, acompanhe a página no Facebook para saber onde será a próxima parada.

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