Um estudo realizado pelo Instituto Alana e a ABT Associates, sob coordenação do Dr. Thomas Hehir, professor da Harvard Graduate School of Education, revela que, na maioria dos casos, estudar em ambientes que valorizam a diversidade promove efeitos benéficos também em pessoas sem deficiência.
No estudo, publicado em 2016 e batizado de “Os benefícios da educação inclusiva para estudantes com e sem deficiência”, os pesquisadores realizaram uma revisão sistemática de 280 artigos publicados em 25 países. O trabalho demonstra que pessoas sem deficiência que estudam em salas de aula inclusivas têm opiniões menos preconceituosas e são mais receptivas às diferenças.
Entre as crianças com síndrome de Down, há evidências de que a quantidade de tempo passado com os colegas sem deficiência está associada a uma variedade de benefícios acadêmicos e sociais, como uma melhor memória e melhores habilidades de linguagem e alfabetização.
A análise também aponta que alunos com deficiência que foram incluídos são mais propensos a fazer um curso superior, pertencer a um grupo de amizades, encontrar um emprego ou viver de forma independente. Um grande número de pesquisas mostrou que esse grupo desenvolve habilidades mais fortes em leitura e matemática, tem maiores taxas de presença, são menos propensos a ter problemas comportamentais e estão mais aptos a completar o ensino médio quando comparado com estudantes que não são incluídos.
Acesse a íntegra do estudo.
Pesquisa publicada em 2019 pelo Datafolha revelou que a maioria dos brasileiros concorda que a inclusão de pessoas com deficiência na escola regular é benéfica para todos os estudantes – com e sem deficiência. Contudo, ainda há muito a se fazer para que a educação inclusiva seja de fato uma realidade. Experiências mostram que é preciso avançar em diálogos e estratégias para alcançar um acolhimento efetivo.