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É tudo família! Dicas de livros infantis sobre diversidade

Uma família homoafetiva está brincando em um parque com três crianças. Todos estão dando risada e parecem felizes.

A leitura abre portas para novos mundos e ideias, por isso, também é uma forma de criar diálogos que podem ajudar a criança a compreender melhor a experiência humana e situações que muitas vezes os adultos têm dificuldade de abordar como, por exemplo, os diferentes modelos de família. Novas composições familiares é um desses temas considerados tabus por muita gente. Livros infantis sobre diversidade, então, são parte desse movimento pela tolerância desde a primeira infância.

Por isso, nosso parceiro A Taba, formado por um grupo independente de estudiosos de literatura infantil, seleciona e resenha as melhores obras para cada um dos diferentes tipos de leitores, e fez uma lista muito especial, com livros e autores que abordam o tema com muita sensibilidade.

Confira as dicas!

“Olhe para mim”, de Ed Franck e Kris Nauwelaerts

Kitoko foi adotado. Sua nova mãe está grávida e ele se pergunta se continuará a ser amado depois que sua irmãzinha nascer. Enquanto espera pela mãe, Kitoko adormece e sonha com a África, continente onde nasceu. Em sonhos, reencontra a irmã biológica, e relembra tudo o que aconteceu com sua primeira família… agora o futuro o espera, terá uma nova irmã a quem irá amar e construir uma nova história.

“É tudo família!”, de Alexandra Maxeiner e Anke Khul

Nesse premiado livro a autora Alexandra Maxeiner brinda os leitores apresentando vários personagens e suas diferentes famílias. As imagens criadas por Anke Kuhl ilustram de maneira divertida a beleza e as contradições do amor em suas mais variadas manifestações. Para ler e conversar.

“Olívia tem dois papais”, de Marcia Leite e Taline Schubach

A menina Olívia tem imenso poder de usar as palavras para convencer a cada um dos papais – Luís e Raul – de tudo o que quer; basta dizer “entediada”, e papai Raul para o que estiver fazendo para brincar com a filha; com o papai Luís, a palavra de ordem é “desfalecer”. Colocadas entre aspas, essas – e outras palavras – fazem parte do vocabulário da menina e estarão presentes ao longo de toda a história, para demarcar os sentimentos de Olívia e sua relação com seus pais.

“O gato malhado e a andorinha sinhá”, de Jorge Amado

Para os fãs do grande romancista baiano Jorge Amado, uma oportunidade imperdível de aproximar seus filhos da obra de Jorge Amado.  Os habituados ao estilo denso e exótico que caracteriza obras como Gabriela, Cravo e Canela, ou à violência social de um Capitães da Areia, vão se impressionar com a versatilidade que Amado demonstra, ao dominar com esperteza e perícia, a leveza e a oralidade características da prosa infanto-juvenil. Os pequenos vão vibrar com o humor inteligente e bem articulado, e talvez se demorar nas sutilezas com que o escritor descreve o pôr do sol, ou os descaminhos do difamado Gato Malhado e da louquinha Andorinha Sinhá nas cores já tão bem cantadas da Bahia.

“Lá em casa somos…”, de Isabel Minhós Martins e Madalena Matoso

O livro apresenta de modo pouco convencional uma família que poderia ser a de qualquer um: leitor tem acesso ao incrível mundo das quantidades que compõem as características físicas dos 6 integrantes da família – contando-se o cão de estimação. Se você nunca parou para pensar na soma dos metros de intestino de todos os seus familiares juntos, esse livro vai te surpreender com essas e outras informações pra lá de curiosas! O modo como os números são revelados vincula-se diretamente à rotina da família: no banho de sol na varanda, pode-se contar a quantidade e a variedade de mamilos; já a quantidade de meias jogadas nos cantos ao final do dia permite descobrir não apenas a quantidade de pés, patas e pernas, mas também a insuficiência de “mãos para apanhar tantos destroços!”

“Meu amigo Jim”, de Kitty Crowther

O que pode acontecer quando dois pássaros machos, de cores diferentes se encontram e descobrem que gostam de ficar juntos? Primeiro, um grande estranhamento dos pássaros iguais. Depois, o desafio de mostrar que é possível experimentar o amor de diferentes formas e que, quando isso acontece, todos ganham. É essa a história que Kitty Crowther narra com delicadeza e sinceridade, convidando os leitores a conhecer um pouco da vida de Jack e Jim, do encontro entre os dois e do sentimento bonito que nasce entre eles.

Leia o restante da lista d’ A Taba de livros infantis sobre diversidade.

 

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