Confira dicas de como brincar com seu filho mais velho sem parecer uma “forçação de barra”
Ter o vínculo da brincadeira desde a primeira infância ajuda muito a atravessar este período da adolescência. Confira dicas do nosso parceiro Tempojunto!
Entre os especialistas que eu entrevistei ao longo destes dois anos de Tempojunto, há um consenso geral que nós pais passamos a brincar menos com as crianças mais velhas depois da primeira infância,” afirma Patricia Camargo, do Tempojunto. A psicóloga Natércia Tiba, conta que mantém brincadeiras até hoje com seus filhos adolescentes. E que ter este vínculo desde a infância ajuda muito a atravessar este período da adolescência.
Em outra entrevista ao Tempojunto, o professor Lino de Macedo, falou uma coisa que me chamou muito a atenção. Segundo ele, ao brincar com a criança mais velha, o adulto a empodera para lidar com situações da vida, como a vitória ou derrota (no caso de um jogo), a superação, a persistência (até ganhar do adulto) e a celebração generosa (aquela que não humilha quem não conseguiu o resultado).
Além disso, quando o adulto mantém o tempo junto de brincar com a criança mais velha ele já está sedimentando o caminho para que o adolescente tenha prazer da companhia dos pais e dos adultos, além da companhia dos amigos.
Passeios de bicicleta, patins e patinete fazem muito sucesso nesta idade. Ir à praia e fazer uma trilha também funciona nessa idade.
As crianças desta idade gostam de jogos e entendem como eles funcionam. Alguns pais adoram jogos tradicionais, como War. Outros não. Mas tem sempre um jogo para todo mundo. Não precisa ser um jogo demorado, como Monopólio. Tem um monte de opções de jogos rapidinhos, como Cai Cai, Jenga, Cara a Cara. Isso sem falar nos jogos de cartas como Mico Preto.
Se o seu filho demonstrar algum interesse específico por esporte, música, ciências ou habilidades manuais, demonstre interesse e estimule-o da melhor forma. Compre livros sobre o assunto, pesquise sites na internet, procure cursos extras. Se você puder compartilhar este interesse, praticando junto, melhor ainda.
É normal que a criança desta idade queira ver TV, navegar na internet ou brincar com tablets e smartphone. E é fácil para a gente deixar a criança ficar o tempo que quiser diante das telas porque assim a criança “não dá trabalho”. No entanto, é importante criar limites até porque, diante da falta da TV a criança é obrigada a encontrar alternativas para o seu tempo livre. Esta é a hora de brincar ou se empenhar em projetos pessoais.
Brincar junto não é apenas sair correndo ou sentar com brinquedos. Existem outras maneiras de passar tempo junto com os filhos com qualidade. Uma delas é lendo. Nesta idade as crianças conseguem dar conta de histórias mais complexas e os livros ficam maiores. Você pode aproveitar e escolher livros clássicos como as obras do Monteiro Lobato ou coleções mais recentes adequadas para a idade para ler um capítulo por noite.
Mesmo que você não goste de cozinhar (como é o meu caso), uma ida a cozinha de tempos em tempos para fazer um prato juntos é uma ótima forma de manter diálogo com as crianças. Faça um cupcake ou biscoitos, por exemplo. Deixe a criança escolher a receita. Se você tiver o hábito de cozinhar, melhor ainda. Convide seus filhos para ajudar no jantar.
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