Resultado das mudanças de hábitos alimentares, predisposição genética e mais precisão no diagnóstico, as alergias alimentares vêm progressivamente aumentando entre a população mundial. Não existe até o momento qualquer tratamento medicamentoso específico que garanta sua cura. Por isso, desde 2014 a lei 12.982 exige que as escolas oferecerem merenda especial para alunos com necessidades alimentares específicas.
Para ajudar gestores, nutricionistas e cozinheiros a atenderem a essa exigência, a Fundação Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) lançou o “Caderno de Referência – Alimentação Escolar para Estudantes com Necessidades Alimentares Especiais”. A publicação instrui as instituições sobre como lidar com todo o processo, desde como acolher esses alunos até recomendações específicas para doenças alimentares que aparecem com mais frequência nas redes brasileiras, passando pela melhor maneira de adquirir os alimentos.
O documento completo está disponível para download aqui.
Mas, afinal o que é alergia alimentar?
Seu conceito pode ser explicado como uma resposta anormal do organismo a uma proteína considerada “estranha”. Em outras palavras, o sistema imunológico da criança reconhece determinada proteína do alimento como um “inimigo” e desta forma produz anticorpos responsáveis pelos sintomas observados.
Cerca de 90% destas hipersensibilidades são causadas por um grupo de oito alimentos: leite de vaca, ovo, soja, trigo, amendoim, castanhas, peixes e frutos do mar. E, ao contrário do que se pode pensar, alimentos como o cacau (chocolate), a carne de porco e os corantes apresentam pouca relação com alergia.