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O preconceito começa na infância: ‘Chamaram meu filho de viado’

Por conta da polêmica decisão do juiz Waldemar Cláudio de Carvalho, da 14ª Vara do Distrito Federal, que concedeu uma liminar que, na prática, torna legalmente possível que psicólogos ofereçam pseudoterapias de “cura gay”, o debate em torno do respeito à diversidade mobilizou ativistas e blogueiros do mundo da infância que se manifestaram publicamente sobre o tema.

“Eu morreria feliz se eu e a Luiza conseguíssemos deixar esse legado para o mundo. Onde a palavra ‘gay’ signifique ‘feliz’ e não uma ofensa”, escreveu o Hilan Diener, co-autor do blog Potencial Gestante, em recente postagem sobre diversidade e educação dos filhos.

No texto ‘Chamaram meu filho de viado’, o blogueiro e pai compartilhou duas situações vividas por ele com seu filho mais velho, Benjamim, que está com sete anos. Na primeira, Benja comenta que foi chamado de “viado” por um colega da escola, e pergunta o significado do chamamento na situação, na segunda, de “mulherzinha”.

“Até quando crianças vão continuar reproduzindo falas e ofensas de um universo machista particular? Isso é ou não é um sintoma de uma sociedade doente, que exige uma masculinidade agressiva e cheias de demonstrações de poder?”, questionou o blogueiro.

No texto, Hilan exemplifica seu ponto de vista relembrando o episódio em que, por conta de uma foto compartilhada nas redes sociais em que estaria em uma pose “feminina”, o príncipe George, um bebê de 4 anos, foi apelidado de “reizinho gay”.

A homofobia e o preconceito começam na infância 

Em que momento da vida um indivíduo se torna homofóbico? E, como educar e criar crianças para que cresçam adultos que repeitem todas as pessoas, independente de qualquer coisa -como raça, gênero, condição social e opção sexual?

Mesmo não havendo uma resposta única para essas perguntas, algumas posturas e reflexões podem  inspirar uma educação que combata o preconceito e o machismo.  Inspire-se com as sugestões de manifesto redigido pela jornalista Silvia Amélia de Araújo:

Pelos direitos dos meninos

Pelos direitos das meninas

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